Bizarra Locomotiva : Ódio
Lyrics
1. GÁRGULA
Ela riu-se para mim com aquela boca mortiça
E soltou um silvar fenólico.
2. BURACO NEGRO
Esgoto
Atrais-me em queda
Esgoto
Tento fugir
Mas caio
E caio, Caio, Caio
Esgoto
Atrais-me em queda
Esgoto
Tento fugir
Esgoto
Atrais-me em queda
Esgoto
Tento fugir
Mas Caio
E caio, Caio
E caio, Caio, Caio, Caio
3. FANTASMA
Abres a noite por entre poeiras
Que se levantam dos restos domésticos
Remexes a teu próprio prazer
Arrastas a tua figura fantasmagórica
Fantasma
Arrastas-te sofrido
Não pares
Só assim sairás vivo
Fantasma
Arrastas-te sofrido
Não pares
Só assim sairás vivo
Debruças-te no riacho putrefacto
Onde sacias a tua sede
Cansado foges do éden de lixo
Encontras refúgio na cruz dos desalentos
Fantasma
Arrastas-te sofrido
Não pares
Só assim sairás vivo
Fantasma
Arrastas-te sofrido
Não pares
Só assim sairás vivo.
4. DESGRAÇADO DE BORDO
O desgraçado de bordo
Recusou as oferendas
Recusou a moral
Recusou a vida
Queriam-no atado à persistência do tempo
Davam-lhe a imortalidade
Desgraçado de bordo
Recusou as oferendas
Recusou a moral
Recusou a vida
Escolheu o descalabro dos mendigos
Desenterrou escutou e calou.
5. O FRIO
Sombras de névoa
Queimam-me a pele
Ebulem bolhas
Queimam-me a alma
Fito o crepúsculo
Pela última vez
O frio que transporto
Gela-me e Corta
Impelindo o sol abruptamente para a morte
Empurro o sol para a morte
Empurro o sol para a morte
Empurro o sol para a morte
Empurro o sol para a morte
Calam-se os ventos
E eu torno a passar
Eleva a tortura eternamente
Sonho então
Com o alvorecer
Por entre os claustros
De outros destinos
Empurro o sol para a morte
Empurro o sol para a morte
Empurro o sol para a morte
Empurro o sol para a morte
6. USINA
(instrumental)
7. PEDINTE
Subi tão alto
Sou pedinte
Amargo o meu destino
Sou pedinte
Num triste lamento
Sou pedinte
Nada tenho
Tudo peço
Sou pedinte
Poluo a paisagem
Sou pedinte
Hoje estico-te a mão
Sou pedinte
Sujo-te as fontes
Sou pedinte
Ocupo-te as escadas
Sou pedinte
Ninguém mereço
Sou pedinte
És cego à nascença
E eu sou pedinte
Pelo orgulho vão
Eu sou pedinte
Hoje estico-te a mão
Sou pedinte
Choro rouco a mocidade de glória em que os benditos me amavam
Na alvidez perdida precocemente
Hoje estico-vos a mão, só os malditos acodem
Irmãos na dor
Saímos de mãos dadas na busca de um repouso de veludo
Gelado pela intempérie social
Calvário nosso que partilhamos sem orgulho
Hoje estico-vos a mão
Mas infelizmente nunca estarei só.
8. MOSCAS
Sinto-me a bater no fundo
Na pele de um moribundo
Pensava-me a ganhar
Mas desfaleço a sangrar
Moscas
Que te sentem no vento
Moscas
Que pousam no excremento
Moscas
Que te sentem no vento
Moscas
Que pousam no excremento
O meu desgosto é profundo
Sinto-me a mais neste mundo
O meu cheiro é nojento
E no meu ventre o lamento
Moscas
Que te sentem no vento
Moscas
Que pousam no excremento
Moscas
Que te sentem no vento
Moscas
Que pousam no excremento.
9. TRÁFICO DE ORGÃOS
Apesar dos atrasos do correio
A febre chega num órgão satélite
Que se auto-rejeita num acto de fidelidade a um silo de vida
Raspada a pele
Apagam-se os últimos vestígios de um código de barras
Antes cognome de um ser
Agora enganado
É oferecido numa caixa a uma mansão de coágulos
Que se dissolve por um mês.
10. COISA MORTA
Olhos no chão
Procuro a pegada do medo
Sigo ajoelhado
Em vénias de respeito
Invado o ermo
De ícone em punho
Estranho uma presença
É a minha dor
Coisa morta
Lembras-me quem sou
Coisa morta
Lembras-me o que sou
Fito-me no espelho
Tatuado num papiro humano
Arauto da tua memória
Que me lembra quem sou
Que me lembra o que sou
Coisa morta
Lembras-me quem sou
Coisa morta
Lembras-me o que sou
Coisa morta
Lembras-me quem sou
Coisa morta
Lembras-me o que sou
Coisa morta
Lembras-me quem sou
Coisa morta
Lembras-me o que sou.
11. MORDO
Mordo a língua para me sentir vivo
Mordo as grades para me sentir vivo
Mordo os dedos para me sentir vivo
Mordo a clausura para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo-te os seios para me sentir vivo
Mordo-te insano para me sentir vivo
Mordo-te o púbis para me sentir vivo
Mordo-te louca para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo-te os lábios para me sentir vivo
Mordo o pavor para me sentir vivo
Arranho a urna para me sentir vivo
Mordo-te a vida para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo.
12. ÓDIO
(instrumental)
13. O REGRESSO
Horrivelmente mutilado
Junto as peças
Numa azáfama de desespero
Guardo o franzir da sobrancelha no armário das dores
Junto aos destroços cardíacos
Arrumo as ideias que já não me pertencem
Em busca do analgésico antes eficaz
A dor não passa
A dor não passa...
Fecho o armário entalando-me num amor morto
Num só golpe misericordioso
Na tentativa de impor um ruidoso convite De regresso à vida.
Ela riu-se para mim com aquela boca mortiça
E soltou um silvar fenólico.
2. BURACO NEGRO
Esgoto
Atrais-me em queda
Esgoto
Tento fugir
Mas caio
E caio, Caio, Caio
Esgoto
Atrais-me em queda
Esgoto
Tento fugir
Esgoto
Atrais-me em queda
Esgoto
Tento fugir
Mas Caio
E caio, Caio
E caio, Caio, Caio, Caio
3. FANTASMA
Abres a noite por entre poeiras
Que se levantam dos restos domésticos
Remexes a teu próprio prazer
Arrastas a tua figura fantasmagórica
Fantasma
Arrastas-te sofrido
Não pares
Só assim sairás vivo
Fantasma
Arrastas-te sofrido
Não pares
Só assim sairás vivo
Debruças-te no riacho putrefacto
Onde sacias a tua sede
Cansado foges do éden de lixo
Encontras refúgio na cruz dos desalentos
Fantasma
Arrastas-te sofrido
Não pares
Só assim sairás vivo
Fantasma
Arrastas-te sofrido
Não pares
Só assim sairás vivo.
4. DESGRAÇADO DE BORDO
O desgraçado de bordo
Recusou as oferendas
Recusou a moral
Recusou a vida
Queriam-no atado à persistência do tempo
Davam-lhe a imortalidade
Desgraçado de bordo
Recusou as oferendas
Recusou a moral
Recusou a vida
Escolheu o descalabro dos mendigos
Desenterrou escutou e calou.
5. O FRIO
Sombras de névoa
Queimam-me a pele
Ebulem bolhas
Queimam-me a alma
Fito o crepúsculo
Pela última vez
O frio que transporto
Gela-me e Corta
Impelindo o sol abruptamente para a morte
Empurro o sol para a morte
Empurro o sol para a morte
Empurro o sol para a morte
Empurro o sol para a morte
Calam-se os ventos
E eu torno a passar
Eleva a tortura eternamente
Sonho então
Com o alvorecer
Por entre os claustros
De outros destinos
Empurro o sol para a morte
Empurro o sol para a morte
Empurro o sol para a morte
Empurro o sol para a morte
6. USINA
(instrumental)
7. PEDINTE
Subi tão alto
Sou pedinte
Amargo o meu destino
Sou pedinte
Num triste lamento
Sou pedinte
Nada tenho
Tudo peço
Sou pedinte
Poluo a paisagem
Sou pedinte
Hoje estico-te a mão
Sou pedinte
Sujo-te as fontes
Sou pedinte
Ocupo-te as escadas
Sou pedinte
Ninguém mereço
Sou pedinte
És cego à nascença
E eu sou pedinte
Pelo orgulho vão
Eu sou pedinte
Hoje estico-te a mão
Sou pedinte
Choro rouco a mocidade de glória em que os benditos me amavam
Na alvidez perdida precocemente
Hoje estico-vos a mão, só os malditos acodem
Irmãos na dor
Saímos de mãos dadas na busca de um repouso de veludo
Gelado pela intempérie social
Calvário nosso que partilhamos sem orgulho
Hoje estico-vos a mão
Mas infelizmente nunca estarei só.
8. MOSCAS
Sinto-me a bater no fundo
Na pele de um moribundo
Pensava-me a ganhar
Mas desfaleço a sangrar
Moscas
Que te sentem no vento
Moscas
Que pousam no excremento
Moscas
Que te sentem no vento
Moscas
Que pousam no excremento
O meu desgosto é profundo
Sinto-me a mais neste mundo
O meu cheiro é nojento
E no meu ventre o lamento
Moscas
Que te sentem no vento
Moscas
Que pousam no excremento
Moscas
Que te sentem no vento
Moscas
Que pousam no excremento.
9. TRÁFICO DE ORGÃOS
Apesar dos atrasos do correio
A febre chega num órgão satélite
Que se auto-rejeita num acto de fidelidade a um silo de vida
Raspada a pele
Apagam-se os últimos vestígios de um código de barras
Antes cognome de um ser
Agora enganado
É oferecido numa caixa a uma mansão de coágulos
Que se dissolve por um mês.
10. COISA MORTA
Olhos no chão
Procuro a pegada do medo
Sigo ajoelhado
Em vénias de respeito
Invado o ermo
De ícone em punho
Estranho uma presença
É a minha dor
Coisa morta
Lembras-me quem sou
Coisa morta
Lembras-me o que sou
Fito-me no espelho
Tatuado num papiro humano
Arauto da tua memória
Que me lembra quem sou
Que me lembra o que sou
Coisa morta
Lembras-me quem sou
Coisa morta
Lembras-me o que sou
Coisa morta
Lembras-me quem sou
Coisa morta
Lembras-me o que sou
Coisa morta
Lembras-me quem sou
Coisa morta
Lembras-me o que sou.
11. MORDO
Mordo a língua para me sentir vivo
Mordo as grades para me sentir vivo
Mordo os dedos para me sentir vivo
Mordo a clausura para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo-te os seios para me sentir vivo
Mordo-te insano para me sentir vivo
Mordo-te o púbis para me sentir vivo
Mordo-te louca para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo-te os lábios para me sentir vivo
Mordo o pavor para me sentir vivo
Arranho a urna para me sentir vivo
Mordo-te a vida para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo
Mordo
Mordo
Mordo
Para me sentir vivo.
12. ÓDIO
(instrumental)
13. O REGRESSO
Horrivelmente mutilado
Junto as peças
Numa azáfama de desespero
Guardo o franzir da sobrancelha no armário das dores
Junto aos destroços cardíacos
Arrumo as ideias que já não me pertencem
Em busca do analgésico antes eficaz
A dor não passa
A dor não passa...
Fecho o armário entalando-me num amor morto
Num só golpe misericordioso
Na tentativa de impor um ruidoso convite De regresso à vida.
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