Moonspell : 1755

Gothic Dark / Portugal
(2017 - Napalm Records (AUT))
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Letras

1. EM NOME DO MEDO

Em nome do medo, do medo sem fim
Na ira dos deuses, caímos enfim
A vida cruel, tormenta assim,
O céu que nos esmaga n’ausência de ti
Em nome do medo, do medo sem fim

Sou sangue de teu sangue
Sou luz que se expande
Sou medo de teu medo
Senhor do teu tempo
Em nome do medo

Negro alfabeto do chão te levanta
Tua confianca jamais se aquebranta
Comemos os frutos de tao triste jardim
Faltou-nos o tempo, chegamos ao fim
Em nome do medo

Sou sangue de teu sangue
Sou luz que se expande
Sou medo de teu medo
Senhor do teu tempo
Em nome do medo

Mas nem o vento por terra me deita
E nem o fogo por dentro me quiema

Sou sangue de teu sangue
Sou luz que se expande
Sou medo de teu medo
Senhor do teu tempo
Em nome do medo.


2. 1755

Sanctum benedictum
Confitor deo
Spiritum maledictum
In nomine dei

Diz-me quem é que lá vem
Dentro do mar de ninguém
Que força é essa que não se contem
Que força é essa que não...

Não, não deixará pedra sobre pedra
Não, não restará ninguém sobre e terra

Uma cidade perdida e sete mares num só
As cinco pontas da estrela maldita
As cinco chagas de luz

Sanctum benedictum
Confitore deo
Spiritum maledictum
In nomine dei

Não, não deixará deixará pedra sobre pedra
Não, não restará ninguém sob a estrellas
Não, não ficará pedra sobre pedra
Não, não restará ninguém sobre e terra


3. IN TREMOR DEI

In Tremor Dei
Renego à vida
Uma jura
Sacramentada

In Tremor Dei
P'las almas dos mortos
Uma jura consagrada

Roubaste-me o ar de peito aberto
És chuva que não cai
No horizonte, deslumbro o sol
Que se põe a leste

Lisboa
Em chamas
Caída, tremendo
Sem Deus

Lisboa
Em chamas
Caída, tremendo
Em chamas, Lisboa

In Tremor Dei

In Tremor Dei
Haja esperança
Quando cai uma cidade

In Tremor Dei
Lanterna acesa
Outro império se levanta!

Um só aviso
De mar aberto
Assim Deus ordena
Procuro vingança
Nas cinzas dos mortos
Conjuro a destruição

Lisboa
Em chamas
Caída, tremendo
Sem Deus

Lisboa
Em chamas
Tremendo, caída
Em chamas, Lisboa


4. DESASTRE

Por entre corpos que caem
Na lama
Mesmo desmentindo os sábios
Infâmia
Por entre as horas do dia
Deriva
É já deus quem nos mente culpado

És apenas um homem
Um escravo de deus
Autor do desastre
Que aconteceu

Perfeito foi teu juízo
Extrema a tua unção
Misterioso designio dos homens
Por que para ti eu vivo e morro
E mato
E morro e juro

Es apenas um homem
Um escravo de deus
Autor do desastre
Que aconteceu

Devoco, accuso
Terra mortem
Devotio, accuso
Terra mortem
Culpado


5. ABANAO

Terra tremi in nomine
Terra tremi solitudine
Terra tremi miseriae
Terra tremi benevolentiae

Transformo a agua em vidro
Estilhaço a solidão
Tu que rastejas a superfície
Sabes quão terrivel é meu destino
Minha ilusão

Amor com amor se paga
Cidade armadilhada
Incerto lugar
Incerto momento
Sabes quão terrivel é minha sina
Minha ilusão

Abanão - a terra treme
Tudo está bem, mas a terra treme
Abanão tudo esta bem
Mas a terra treme sem perdão

Transformo a brisa em vento
Convoco a desolação
Tu que nos olhas daí de cima
Sabes quão sinistra é minha sina
Minha ilusão

Abanão - a terra treme
Tudo está bem, mas a terra treme
Abanão tudo esta bem
Mas a terra treme sem perdão


6. EVENTO

O sangue ainda escorre, o chão ainda vibra
Os corpos tombados lá fora, parece que gritam

A fé não serve de nada
Que é feito do Deus que nos amavas?

Sossega-te! É o fim!
E fica quieto!
Porque deus assim quis?

Enterrem-se os mortos, alimente-se os vivos
A cidade a ferro e a fogo, Capital à deriva

A fé não serve, não serve de nada
Onde está ele, que por nos olhava?

Sossega-te!

Sossega-te! É o fim!
E fica quieto!
Porque deus assim quis

Sossega-te! É o fim!
E fica quieto!
Porque deus assim quis

Sossega te!
Maldita memória
Verdade ou mentira
O chão ainda chora
As pedras caídas

O sangue ainda escorre nas ruas vazias
Maldita memória que te paralisa
E fica quieto!
E fica quieto!

Sossega-te! É o fim!
E fica quieto!
Porque deus assim quis

Sossega-te! É o fim!
E fica quieto!
Porque deus quis assim


7. 1 DE NOVEMBRO

Ser esmagados p'la derrocada
Arrastados p'lo turbilhão
Ser o corpo do penitente
Ter nos lábios a chuva
De sangue na alma a mágoa
Mágoa

Corpus sanguis gloria
É a Europa que afunda
Começando por aqui
É o primeiro de novembro
É o fado sem remendo
Tanta mágoa
Mágoa

Corpus sanguis gloria agora
Rebentam as águas
Um sinal dos tempos
E nasce a nova Lisboa
No primeiro de novembro

Renasce Lisboa
Entrega a alma
Renasce Lisboa

Ser esmagados
P'la derrocada arrasados
Por tua mão
Neste dia que era teu
Ter na boca
A língua em sangue
No corpo a mágoa
Mágoa

Corpus sanguis gloria agora
Rebentam as águas
Um sinal dos tempos
E nasce a nova Lisboa
No primeiro de novembro


8. RUINAS

Sei que sim
Que não
Talvez
Ruinas

Há muito tempo que se calaram os sinos
Vem e traz contigo
Tudo o que merecemos
Vem, leva-me contigo
Ao meu destino

Deus o diabo
Já se encontraram
Vem e cai comigo
Não temas
Porque eu sei

Que sim, que não, talvez
Vem, não temas, não temas
Sei que sim que não talvez
Vem, não temas

A cinza no ar
Os escombros da terra
O fogo que inunda
A água que queima

A cinza no ar
Ruinas
Vem: desce das estrelas
Vem: ruína, soberba.

Venus desencantada
Tudo e castigo
Cai, fomos fogo
Somos

A cinza no ar
Os escombros da terra
O fogo que inunda, a água que queima
A cinza no ar, os escombros da terra...
Ruínas


9. TODOS OS SANTOS

Apesar da Matança dos corpos caídos
Que decoram as colinas

Faz dia em Portugal!

Apesar da desgraça dos mortos, dos vivos
Que percorrem a cidade

Faz dia! Faz dia!

Em todas as cruzes
Tábuas partidas
Quarenta igrejas
Caídas

E dos conventos
Nem um lamento
Nem um sinal de vida

Todos os santos não chegaram
Faz dia em Portugal!

Apesar do massacre
De fracos e fortes
Que rezavam as matinas

Faz dia em Portugal!

Apesar da miséria de ricos e pobres

Faz dia! Faz dia em Portugal!

Todos os santos não chegaram
Todos os santos não chegaram
Todos os santos não chegaram
Todos os santos não chegaram
Faz dia! Faz dia em Portugal!

Todos os santos não chegaram

Todos os santos não chegaram
Todos os santos não chegaram
Faz dia! Faz dia em Portugal!


10. LANTERNA DOS AFOGADOS (OS PARALAMAS DO SUCESSO COVER)

Quando está escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel
Dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar
Eu tô na Lanterna dos Afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar

Uma noite longa
Pruma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar
Eu tô na Lanterna dos Afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar


11. DESASTRE (SPANISH VERSION)

Por entre los cuerpos que caen
En lodo
En lodo
Siempre destrozando sabios
Infamia
Infamia

Entre las horas del día
Deriva
Deriva
Dios que nos has mentido

Culpable (x5)

Solo es un hombre
Un esclavo de Dios
Que sucedió (x3)

Su malo es el juicio
Extrema es la unción
Misterioso designio
Del hombre
Porque para ti vivo
Y muero
Y mato
Y muero
Prometo

Solo es un hombre
Un esclavo de Dios
Que sucedió (x3)

Devotio, accuso
Terra mortem (x4)

Culpado (x3)

Solo es un hombre
Un esclavo de Dios
Que sucedió (x3)

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