Forgotten Winter : Origem da Inexistência

Symphonic Black / Portugal
(2012 - Kristallblut Records)
Learn more

Lyrics


1. COSMOS DA ALMA

O desenhar da realidade
Quando o tempo pára e a ilusão se desvanece com a perfeita cegueira.
Mergulhando no profundo inconsciente.

A majestosa obscuridade abre as portas do último ego.
Um candelabro de estrelas no oceano astral,
O desconhecido que se sente tão intimamente.

O pulsar primordial cuja carcere de carne não permitia experienciar,
O sopro do qual emana o existir e o inspirar que restitui a inexistência.
Purgando o veneno que corrompia a primogénita
Exilando a maldição que atormentava a quintessencia

A saudosa matéria que emano
No trono onde puramente crio
Suprimo galáxias que pintei com o meu sangue,
Cultivei as sementes da sabedoria esquecida no ser.

A fonte que brota com o cobrir do véu negro,
O manto no qual a vista se perdia nas ilusórias noites de verão,
Nuvens noctilúcias das quais o espirito é composto.
A minha alma é a essência do cosmos


2. VESPERTINA TRANSMIGRACAO ASTRAL

A minha tempestuosa mente
Emparedada numa masmorra de carne
Atribulada de cruzes cefálicas
Mascarada de um imperial raiar do sol.

Luz tão ofuscantemente negra como o ar que respiro,
Translucida corrupção a qual a maldição presta vassalagem.
Um estandarte de agonia submetido ao silêncio
Cinzento ardor que se faz sentir no mar infinito,
Uma brisa carrega o diluvio.

O êxtase irrompe do húmus do meu ser.
O sol põe-se por fim no horizonte da vida
Astro que agora cintila ferozmente.
Estrelas dançam no lápis-lazúli,

Na dicotomia do tempo
Onde a tarde é sempre noite e esta o amanhecer.
Um meteorito que cai sem fim,
No para sempre sideral
Minhas cinzas no veludo cósmico,
Meu espirito no alfa e omega intemporal do regressar.


3. CHUVA II (NUVENS NOCTILUCIAS DO SER)

Sóbrio desta vida que me confunde,
No meu coração antigo sinto o pesar.
O meu espaço cada vez mais estreito,
A dor que se propaga,

O nada - oiço-o, no vazio que me consome.
As estrelas brilham como sempre,
E tudo se move indiferente a minha existência.

Sonhos agora ofuscados por uma névoa dilacerante
Minha vida frágil e cega,
A luz inalcançável.
Jaz no leito da tempestade,
Exorcizando o ser que teima em esperançar.

Manto cinzento de presença inigualável
Por mais que tudo contemple,
Este tudo não passa de nada.

Adormece o cintilar das estrelas
Tanto que lamentei e desejei o sentir e agora odeio-o.

Drena, sem fim, o conhecimento.
Chove e me reconheço nas gotas que se fundem na minha pele


4. ANOITECER DUM PULSAR

O seu colapsar...
O abismo anti-narcisista de sombras iluminadas,
Altar psíquico onde se eclipsa o movimento.
O temor destroçado pelo sonho imortal,
O belo entre os espinhos fracturantes da matéria.

Reunindo cada partícula da supernova
Eliminando cada átomo formando o derradeiro buraco negro.
Isento do existir,
O nada é tudo neste vácuo.
O eterno retorno da folha a árvore
Premeditação carismática suicida,
E o insuportável cansaço que lhe estigmatiza a alma.

A chave oculta materializa-se no tecido do cosmos,
A tenebrosa noite fantasmal cobre a luz que a cegava.

Amanhece por fim para a secreta realidade.
Terminou aquela amarga eternidade de uma fracção de segundo.
Desvanece para o nascimento,
Cria com o seu desaparecer.


5. ANTARES

Em ti me revejo no infinito rio negro.
Guias a minha presença por cúpulas celestiais.
Viajo somente com os sentidos,
Deslumbro a tua beleza
Tu que já transmigraste.

Que adquiriste o conhecimento supremo
Tua pura alma que olha pelo teu corpo
Cintilante reflexo de todo o ser
Sobre o teu trono flutuante

No majestoso peito do escorpião
Guardiã astral
Anciã dos céus nocturnos.

A estrela escarlate cintila em escorpião
Feiticeira ancestral.
Protetora do plano astral

O ego - alfa de escorpião.
A mãe primordial,
Vigilante do universo espiritual.
Antares!


6. AMANHECE A ERA DA GRANDE UNIFICACAO

O sonho devoluto nas profundezas ancestrais
Revelam a Era da transformação dos sombrios mundos.
Nos imprevisíveis cantos do desconhecimento
Em revolta sobre os constantes segredos da forma e contraste.

Partiram sobre dor e exaustão as consciências
Que nelas se misturaram as viagens hipersensíveis
Numa natureza em criação, evolução e revelação.
Em devaneio das trevas que se dissolvem
Corroídas de tremor e solidão.

Amanhece nas planícies imaginárias, o criador.
Nas brumas de um espaço sem nome,
Regem as luzes encadeares com exatidão.
Um perdido vasculha sobre a sua sombra

Em espera da resposta ao significado
Entre laços e odores vindos do infinito interior.

A Era da grande unificação rege a criação do criador
Que envolverá a supremacia das forças dos diversos mundos.
Destruirá a sua conduta existencial.

O obscuro apodera-se das crenças, virtudes e defeitos
Numa inexistência persistente e extravasada

Num devorar desses corpos lançados para os padrões sem fim
Que o conservará eternamente nas masmorras em conflito.

Era de uma unificação, Era de uma queda prescrita.

lyrics added by ericb4 - Modify this lyrics