Defuntos : Um Sofrimento Distante

Avantgardiste Black / Portugal
(2008 - Egg Of Nihilism Productions)
Zobacz więcej

Teksty


1. LUCTUS MAEROR

É na noite vindoura que a tristeza aparece...

Ela caminha no escuro, com o candelabro nas mãos
Iluminando a vereda onde o seu filho brinvaca
Trazendo à memória lembraças amargas

O seu véu preto... Abriga-a do frio cortante que se faz sentir
E esconde as suas lágrimas de si mesma
Lágrimas desperdiçadas sem fim
A dor encontra o seu caminho para o exterior

Nesta noite o funeral assombra...
A chuva cai suavemente sobre as telhas
O seu som hipnotiza o pensamento
Ela escorre pelas paredes antigas, deixando marcas da sua presença
Como a Morte deixa na vida

Banquetes são dados em honra do Morto
A família junta-se num mundo do condolências
Numa mesa que jamais ficará completa
Faltando um lugar, o retrato do Morto substitui o seu corpo

O desespero toca-a nesta madrugada
Esta herança jamais será esquecida, pela pobre mulher
O luto pelo finado revela-se constante no futuro
A sua linhagem chegou ao fim

A Morte é a mãe da vida...


2. MARGARET MOYES

Filha de uma mãe Morta, e de um pai estendido debaixo da terra
Os seus 23 anos ainda tenros, carregavam um fardo duro na vida
A sua existência divagava sem sentido no meio da multidão
Foi numa manhã escura de Outono que o acto decorreu
Subindo para o monumento... atirou-se miseravelmente para baixo
O seu delicado braço atingiu uma gaiola, separando-se do seu corpo
O seu cadáver jazia gracioso no húmido chão, em paz.
Na sua época, tal acto era considerado pior que homicídio
Cometendo um acto subversivo que contrariava os 10 mandamentos

Que a vida lhe impunha
Mas a sua ansiedade e desgraca não foram obstáculo
O dilema da pobreza e a futura insanidade concederam-lhe liberdade
O prazer de uma Morte rápida em vez de uma Morte lenta e sofredora
A sua Morte foi um testamento aberto de desespero
Um símbolo de uma vida penosa
A coragem para abraçar a Morte chegou.

teksty dodane przez Apophis2036 - Edytuj teksty