Labore Lunae : Devaneios
Les paroles
1. SOMBRIA
Com o brilho de seu punhal de prata
Que brilhava na lua cheia
O assassino aguardava
Pela sua próxima vítima
Sentia como se a respiração lhe faltasse
E seus lábios contraiam-se
Olhava atentamente
A ritmo obsessivo
O punhal abriu-lhe a garganta
No silencio da noite a agonia
O sangue manchava
A vida que se esvaia
Em seu ultimo vestígio de vida
Sussurrava lamentos aflitos
Aos fantasmas delirante
De seu sonho convulsivo
O assassino de olhos rubros
A consciência entorpecida
Seguiu para dentro da noite
Profunda e densa
Rumo às correntes de um rio
Profundo, eterno
O coração etéreo
De uma floresta sombria
2. REMORSO SOFISTA
Agonizando em delírios aflitos
Observou o brilho frio que surgia
Na jaula da besta horrenda
O parto da hipocrisia
Ser maldito nascido
No verbo os prazeres de tudo
Insaciável e nefasto
No despertar de um sonho demente
Vivendo na alma dos homens
Alimentando-se de desejos contidos
Emancipado pelo intento...
Dos mitos ancestrais
As farsas se reproduzem
Nos becos das mentes mundanas
3. DECATEXIS
Na evolução de minha dor grotesca eu mendigava
Aos vermes insubmissos
Como indenização aos meus serviços
O benefício de uma cova fresca*”
O crepúsculo adormece meus sentidos
Fardo e convulso suplico
A magoa gaguejada de um cretino
Que míngua em seu fruto rubro
Suplique ao meu falecer o segredo do meu desafeto
Inconsolável fruto agonizante que meu grito vem abafar
Pelo sangue que a garganta engrossa e sufoca meu despertar
Nas memórias eterno serei
E em profanos sonhos sucumbirei
O náufrago de um condenado
O orgulho de um descontente
Meus restos aos vermes apodrecerão
E minhas palavras aos ventos ecoarão
Em lagrimas o gemido se cala
Na solitude de uma jornada sombria
O eco dos prantos eternos...
uma fétida e grotesca carcaça
No desfecho da tragédia de uma vida
A pragmática má de humanos usos
Não compreende que a morte que não dorme
É a absorção do movimento enorme
Na dispersão dos átomos difusos
Não me incomoda esse ultimo abandono,
Se a carne individual hoje apodrece,
Amanha como Cristo, reaparece
Na universalidade do carbono
A vida vem do éter que se condensa,
Mas o que mais no cosmos me entusiasma
É a esfera microscópica do plasma
Fazer a Luz do cérebro que pensa.
Quando eu for misturar-me com as violetas,
Minha lira maior que a Bíblia e a Freda,
Reviverá, dando emoção à pedra,
Na acústica de todos os planetas
4. SILÊNCIO NO FIM
Sou o Abismo, o silêncio no fim
Toda espécie de dor, todos choram por mim
O meu nome é o lamento, da mais triste criança
Eu possuo e destruo, a esperança e a salvação
Te mostro em espelhos, o vínculo eterno
Cale-se! E ouça, o alivio eu oferto
Escravo Miserável, de uma mente doentia
Velha alma decadente, em um corpo que morria
Sufocado pelas mágoas de um passado medíocre
Fraco e frustrado, ele se escondia
O preto não reflete, a luz não é manchada
Escarlate, pútrido, é o cheiro da ferida!
No âmago do viver, eu renasço como o dia
Sou o vício invencível , de uma espécie perdida
Resplandeço forjado em uma forma soberana
Aprisiono corações, do sagrado ao profano
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