Velho : Senhor de Tudo

Black Metal / Brazil
(2013 - Cianeto Discos / Suprema Agonia Records)
Learn more

Lyrics


1. UMA TRILHA SEM PEGADAS

Eu sei de um lugar longe de tudo
Mas vocês não vão querer acreditar:
Eu conheço um rito proibido pela igreja,
Desconhecido pela ciência e sua cultura.
Eu me lembro
De ter ouvido
A resposta
De um morto-vivo.
Pelo poder das palavras que ouvi
Comprometi nossos caminhos para sempre.
Sacrifícios, uma trilha sem pegadas,
Pra que vocês tenham sua vez de ouvir também
A resposta
Do morto-vivo.
Eu me lembro
De ter ouvido.


2. O PODER É REAL

Jamais me esquecerei das palavras desse velho
A ideia da tomada do poder me persegue até o fim.
Eu vivo procurando nos vestígios do passado
Por certos tesouros que não podem ser herdados
Por tronos que o destino reservou só para nós.
O poder é real !
Forças ocultas governam este mundo.
Por trás das cortinas, na escuridão
Espadas tão prontas pra luta final.

Nas profundezas desse mundo é que se forja a realidade
O seu mundo seguro é só um sonho e está prestes a acabar.
Velhos loucos de guerra despertando em toda parte
Mil bruxas na noite já estão prontas pro ataque
A mágica, o caos e a fúria estão no ar.
Mas se a noite chegar e o seu metal não brilhar,
Então saberemos que não é um de nós.
Estamos em busca de um outro poder.
Não sentimos nada por trás da sua voz


3. PERTO DOS PORTAIS DA LOUCURA

Nada que se erga firme em si.
Nada que precise ter sentido pra ninguém.
Quando você vier me procurar
Em busca de sabedoria,
Eu vou estar decrepito,
Em meu castelo em ruínas,
Onde não há mais lugar
Para os delírios da verdade.
Pelos meus olhos você vai notar
Que eu estou tão longe.

Perto dos portais da loucura !


4. SENHOR DE TUDO

Uma vez entronado
O filho da dor,
Príncipe do erro,
Persona do terror,
Não lamenta mais
Sua triste condição.
Passa pelo mundo
Morto entre os vivos.

Dentro de um mês
A estação propícia
Três vezes três
A gestação da prole
Que reaparece
Entre os mortais
P'ra reacender
Aquela velha chama.

Vagando por sobre
os escombros da história
Sem rastros pra seguir
Lembranças ou heróis
Desce até o vazio
Ele e o destino
A sós.

Os frutos da existência
Uma vez em suas mãos
Pesam como os anos
De morte e traição
De uma humanidade
Que sempre se deixa reger.

Depois de um tempo
Não haverá
Nenhum futuro
A lhe esperar.
Rege sozinho
A imensidão
Senhor de tudo
Em sua visão.


5. O UNICO CAMINHO

O vazio que deus criou
Tornou a existência detestável
De tudo o que homem produziu
Esta noite só me prestou o álcool

Deseje sua própria morte
Sobrou um caminho mais verdadeiro
Não adianta insistir
Que isto que eles vivem é a vida
É mentira

É mentira


6. NEWTON MISANTROPO

Atrás das montanhas do Paraná
Um homem jovem vive sozinho
Ele e as criaturas de sua mente
Companhia humana não se faz presente

Sua insanidade
Já o tomou por completo
Nenhuma humanidade
Pode tê-lo como membro

Protege sua cripta contra todo invasor
Vive para o momento em que o suicídio for mais inspirador

Ainda guardo suas cartas
Feitas para quem pode entender
De besta para besta
Sobre crimes do passado


7. A MESMA VELHA HISTORIA

Somos você e eu
Aqueles "morto" ali no chão
Não tem nenhum outro futuro
Que não seja cheio de sangue

Mas eu não vou ficar parado
Vendo a vida se extinguir
Que nem aquele homem morto
Que não pode mais agir

Ainda tenho ódio de sobra
Pra viver
E promover o caos

Somos você e eu
Que eles "tão" vindo pegar
Nossas cabeças valem ouro
Para os barões do Capital

E não há porque temer
É a mesma velha história
Nosso corpo ali no chão
Não existe outra vitória


8. MAIS UM ANO ESFRIA

Mais um ano esfria
Deixando tudo cinza
Congelando a crença
No nada que é a vida

Mais um ano esfria
É a roda em sua descida
Todo um semestre
Perdido em nostalgia

Tudo em volta lembra
Que nada passará
Sempre volta
À nossa porta
Aquele vento frio
Escurecendo o ar...

A revolta.


9. COMA INDUZIDO

Vide a massa amorfa movendo-se plácida
Sob os olhos de petróleo de uma noite interminável
Não enxergam, não escutam, não vibram
Os passos maquínicos, decorados

A multidão sem face nem peito
Por vezes pensam que pensam,
Por vezes pensam até que falam
Mas serão deles, estas palavras?

Há uma boca sem nome,
Há vários nomes sem boca
O coma induzido,
A letargia contagiosa

E a massa indiferente
Escoando no caminho sulcado pela
Homogeneização

Por vezes pensando que pensam,
Por vezes pensando até que vivem.

lyrics added by Apophis2036 - Modify this lyrics